Madeira e seu mercado
Dentre os recursos naturais com possibilidade de afetação em decorrência da instalação e/ou operação de grandes empreendimentos, os recursos madeireiros despontam entre aqueles que têm maior valor de mercado e, por isso, apresentam alto potencial.
Existe uma vasta quantidade de exemplos sobre empreendimentos relacionados à mineração, em fase de pesquisa, implantação ou operação, que têm ou terão implicações sobre a cobertura florestal. Em setembro de 2010, segundo dados do ISA (2011), havia 6.788 casos de processos registrados no DNPM com incidência sobre áreas protegidas (públicas ou privadas) na Amazônia, isto inclui unidades de conservação e áreas de preservação permanente.
Devido à localização do minério em jazidas no subsolo, a atividade minerária implica no acesso a estas reservas, muitas vezes dado por meio da necessária remoção das camadas superficiais do solo e, consequentemente, da vegetação que se desenvolve sobre este. Que mantém relação direta com valor de mercado da madeira, um produto amplamente demandado e com mercados estabelecidos.
De acordo com Smeraldi e Veríssimo (1999), o Brasil é o maior consumidor de madeira tropical do mundo. Segundo dados do IMAZON (Perreira et al., 2010), no ano de 2009, os 71 polos processadores de madeira da Amazônia Legal extraíram aproximadamente 14,2 milhões de metros cúbicos de madeira em tora na região. Os estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia foram os maiores produtores e responderam por 91% do total produzido. A estimativa da receita bruta gerada pela indústria madeireira da Amazônia nesse ano foi cerca de R$ 4,9 bilhões, ou US$ 2,5 bilhões.
Do total produzido na Amazônia, segundo o mesmo estudo, 79% destinaram-se ao mercado interno brasileiro e 21% à exportação. Este fato evidencia que o produto “madeira” tem um mercado consolidado no Brasil e, como consequência, tem valor estabelecido.
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