Madeira
Na Amazônia existem, comprovadamente, mais de trezentas espécies vegetais por hectare. Das 100 mil espécies de plantas identificadas na América Latina, cerca de 30% estão Amazônia(SIQUEIRA, 2001).
Sabe-se que o século XX foi marcado pela redução (e até a extinção) de diversas espécies da fauna e da flora, levando, inevitavelmente, a uma série de questionamentos acerca do modelo de desenvolvimento econômico adotado.
As questões ambientais ganharam força especialmente após a realização da II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92). Dela emergiu o conceito de sustentabilidade, cujo princípio é “que a ação humana, no presente, não deve comprometer os recursos naturais e a qualidade de vida das gerações futuras” (SIQUEIRA, 2001, p. 259).
A grande quantidade de recursos madeireiros que existe na Amazônia chama atenção de todo tipo de gente para explorar, seja o recurso da madeira em toras ou beneficiada(cortada em tábuas ou outras peças), seja pelos produtos não- madeireiros chamados não madeireiros que correspondem uma boa parte da economia das populações tradicionais que são afetados diretamente se a floresta for derrubada em grande escala como acontece em todo o território Amazônico.
Ao relacionarmos a atividade madeireira na Amazônia com essas dimensões da sustentabilidade, não é preciso se aprofunda no assunto para que ele se torne preocupante. Nessa região, os principais problemas ambientais dizem respeito ao desmatamento acelerado, que já alcançou 12% de seu território e às queimadas. Ambos estão estreitamente relacionados à atividade madeireira, que corresponde desde à extração, ao transporte e ao processamento da madeira. Essa atividade gera, aproximadamente, 15% do PIB (produto interno bruto) regional e emprega cerca de 5% da PEA (população economicamente ativa), segundo o Relatório Final do I Workshop Produção Sustentável de Madeira na Amazônia
Até o início dos anos 1990, notam-se poucas ações desse poder com respeito às questões ambientais. Sua ausência e omissão induziram e conduziram madeireiros a negociarem, com duvidosas lideranças indígenas. Sua exploração, por ingenuidade e ignorância dos indios, levava a acordos cujos preços eram irrealmente baixos, porque, em muitos casos, não tinham assistência da FUNAI, IBAMA, ou do IBDF, seu antecessor.
Considerando os trezentos milhões de hectares da Amazônia brasileira cobertos por floresta densa, a conclusão à primeira vista, é que essa riqueza seja extremamente aberta e aparentemente infinita.
Entretanto, a indústria madeireira tem causado modificações negativas na paisagem local, pois é elementarmente extrativa.
Só como base para ter noção da quantidade de lucro que as empresas de exploração da madeira arrecadam em apenas seis meses de funcionamento, alguns dados estatisticos do estado do Pará.
No primeiro semestre de 2000, mostram que a participação dos
“produtos beneficiados” de madeira foi de US$19,042.000.00, ou 28% de um total de US$138,344.000.00 exportados. Essa característica tem sua origem na incapacidade da entidade representativa
dos exportadores de madeira do Pará que, desde a sua fundação, negligenciou o estímulo ao preparo de seus associados para enfrentarem pessoal, direta e
dinamicamente as dificuldades e desafios do comércio externo,ou seja, parte dessa produção não foi beneficiada o que poderia aumentar ainda mais o lucro pela por esta exploração de madeira.
A evolução tecnológica e o atendimento das exigências impostas tanto pelas forças de mercado quanto pelas leis florestais e pelos acordos internacionais permitirão que a indústria madeireira seja aprimorada para melhor atender a demanda e a inovação dos produtos e fazendo essa atividade ter mais renda. A conclusão, do artigo faz com tenha como pretensão uma maior contribuição nas sugestões para melhorar as perspectivas da atividade madeireira na Amazônia. O futuro da indústria e a
exportação dos recursos madeireiros nesta região permanecem incertos quanto aos seus fundamentos mais importantes e decisivos, tornando necessárias algumas transformações na estrutura da atividade madeireira.
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